As
últimas semanas de aula dos 9ºs anos foram focadas no gênero: Crônica. Esse
gênero textual possui características próprias, é uma forma textual no estilo
de narração que tem por base fatos que acontecem no cotidiano. O leitor
interage com os acontecimentos e por muitas vezes se identifica com as ações
tomadas pelas personagens. Estão
presentes em jornais, revistas, livros e sites da internet. Utiliza a primeira
pessoa e aproxima o autor de quem lê como se estivessem em uma conversa
informal, ou seja, a crônica caracteriza-se por ser:
•
Narração curta;
•
Descreve fatos da vida cotidiana;
•
Pode ter caráter humorístico, crítico, satírico e/ou irônico;
•
Possui personagens comuns;
•
Segue um tempo cronológico determinado;
•
Uso da oralidade na escrita e do coloquialismo na fala das personagens;
•
Linguagem simples.
Alguns cronistas (veteranos e mais recentes) são: Fernando
Sabino, Rubem Braga, Luis Fernando Veríssimo, Carlos Heitor Cony, Carlos
Drummond de Andrade, Fernando Ernesto Baggio, Lygia Fagundes Telles, Machado de
Assis, Max Gehringer, Moacyr Scliar, Pedro Bial, Arnaldo Jabor, dentre outros.
Nas aulas, as crônicas abordadas foram: “Na escola” – Carlos Drummond
de Andrade, “Morte” – Pedro Bial, “Desabafo de um bom marido” – Luis Fernando
Veríssimo e “Seja um idiota” – Arnaldo Jabor.
Após a apresentação, leitura e interpretação dos textos, os
alunos foram instigados a produzirem. Para a crônica “Morte” foram criados
finais alternativos com a seguinte indagação: “Como / o que fazer para
aproveitar tudo antes de morrer?”, abaixo seguem algumas produções e fotos da
exposição.
Escola Municipal Professor Oswaldo Cabral |
Escola Municipal João de Oliveira |
Após os estudos, os alunos produziram uma crônica com tema livre. As produções ficaram incríveis, dentre elas pude destacar algumas que foram lidas ao grande grupo. Aqui seguem três produções:
Sonho
Sonho, uma palavra
pequena, mas com vários significados. Pode ser sonho de padaria, aquele bem
quentinho que acabou de sair, há vários: os que não têm recheio, os que têm, os
que têm frutas, tem os que têm chantilly, enfim, uma infinidade de tipos...
Mas, há aqueles sonhos
bons que você tem enquanto está dormindo, aqueles que na parte mais
interessante você acorda e fica naquela “o que será que ia acontecer?”.
Têm também os sonhos
ruins, conhecidos como pesadelos, aqueles que dão medo, você acorda chorando,
desesperado porque sonhou com o falecimento de alguém bem próximo, ou você
sonhou com um acidente trágico, e muitas outras coisas...
Tem também os sonhos da
sua vida, se alguém chegar para você e perguntar “Qual o seu maior sonho?”, com
certeza você terá uma lista. Um dia chegaram e me perguntara: - Qual o seu
maior sonho? Eu respondi: - Meu maior sonho é ser feliz, ter saúde, filhos, mas
o maior de todos é ser engenheira agrônoma!
Enfim, existem vários
sonhos, os bons, os ruins, os mais ou menos. Todos são sonhos!
(Aluna: Amanda Socoloski – E. M.
João de Oliveira)
Sorria
Sorria! Você acordou! E
um novo dia começou. Trabalho, café, correria, buscar o filho na escola... Tudo
isso faz parte do seu dia-a-dia.
Se teve um dia
cansativo, se chorou ou se algo te desanimou. Sorria!
Comece o seu dia com um
belo sorriso no rosto e mostre ao mundo do que você é capaz. Não imposta como
foi o seu dia, termine-o também com um sorriso nos lábios. Você foi feito para
ser feliz. Mas, às vezes, sorrir não significa que você está feliz. Se você
sofre, mas não tira um sorriso do rosto... Quer dizer que você é forte e é
capaz de superar seus medos, suas mágoas, o amigo... “que não era seu amigo”.
A vida é curta demais
para viver o mesmo dia duas vezes. Por isso, cante, dance, chore, brinque, vá atrás
de seus sonhos, daquilo que ama e deseja! Mas, sem perder a fé e o sorriso no
rosto. Lute pelo o que deseja, pelo o que te faz feliz e te faz bem... sem dar
importância ao que os outros pensam ou deixam de pensar, para o que falam ou
deixam de falar.
Mas, como ser feliz? Isso
é você quem descobre.
Então arrume as suas
coisas. Viaje em busca da felicidade, mas não se esqueça de levar o sorriso.
(Aluna Danielly
Cristhyni da Silva – E. M. Prof. Oswaldo Cabral)
Padrões
de beleza
A sociedade força – principalmente
as garotas e mulheres – a ter um corpo perfeito (bunda e peitos fartos) sem
aquela barriguinha para incomodar. Mas, respondam-me: Por que isso? Por que não
podemos ser do jeito que somos?
“Você é gorda/magra
demais, nunca vai achar alguém desse jeito”. Mas, espere... ser gorda/magra atrapalha?
Infelizmente, na sociedade em que vivemos hoje, sim.
Muitas garotas e
mulheres se sentem mal pelo corpo que tem, principalmente aquelas que não têm o
corpo julgado “perfeito”. Quantas garotas e mulheres cometem suicídio todos os
dias por isso? Infelizmente... São várias!
É aí que vêm aquelas doenças:
bulimia e anorexia, que por causa de não terem o corpo ideal, elas começam a
não comer... E o pior, quantos sorrisos não são dados por causa desse maldito
padrão de beleza?
Seguinte... você é
linda do seu jeito, não ligue para o que vão dizer.
Não que os garotos e
homens não passem por isso, eles também passam. Droga de sociedade!
Claro que é muito importante
ter uma alimentação saudável, mas você nasceu assim. Cada um de nós, não
importa como, temos a nossa beleza.
(Aluna Hilda
Maria S. Cardoso - E. M. Prof. Oswaldo Cabral)
Parabéns a todos os alunos, vocês foram incríveis.
Com carinho,
Professora Juliana Moratelli.